quinta-feira, 28 de outubro de 2010

3o encontro: Ritmo e metro (27/10/2010)

No 3o encontro estudamos e experimentamos exercícios envolvendo a musicalidade, o ritmo e o metro dos versos. Nosso intuito não é que nos tornemos versificadores tradicionais que, de agora em diante, voltem às formas fixas. Queríamos abrir a máquina da poesia para vislumbrarmos suas engrenagens mais básicas envolvendo forma e sonoridade pra que assim possamos trabalhar de forma mais consciente (caso desejemos) com nossa poesia e para que possamos olhar com mais profundidade de análise os poemas que lemos.

Começamos com um exercício onde deveríamos completar de impulso os versos faltantes de 4 quadrinhas apresentadas. Em seguida fizemos a escansão dessas quadrinhas, inclusive de nossos versos improvisados. Observamos também as sílabas fortes (tônicas), percebendo como também influenciam no ritmo.

Depois seguimos analisando o ritmo e a forma dos seguintes poemas: "I" de Paulo Henriques Britto e "Catar Feijão" de João Cabral de Mello Neto (onde observamos a utilização da forma e ritmo de forma não usual, rompendo com os padrões fixos tradicionais), "Valeu" de Akins Kinte (onde observamos o ritmo mais falado, da oralidade, próprio do rap e do repente), "Parabólica" de Humberto Gessinger (onde observamos o ritmo advindo da melodia: assonância (vogais) e aliterações (consoantes); "Construção" de Chico Buarque e um pequeno trecho do "Uivo" de Allen Ginsberg (utilizando-se de verso livre e com um discurso próprio, próximo do discurso dos pastores, poderíamos dizer).

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